Seja Bem-Vindo!

Um punhado de idéias loucas saídas da mente louca de um homem louco.

NOS MUDAMOS!!!!!!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014



OLÁ!!!! SEJA BEM-VINDO AO LOUCAMENTE LOUCA MENTE ^^

MAS INFELIZMENTE NÓS NOS MUDAMOS HAHAHA!!!

CONFIRA NOSSO NOVO SITE EM: http://loucamenteloucamente.wordpress.com/


[RESENHA] TRILOGIA VALERA #1 - A HERDEIRA DE ÓTAVOS (Mylena Araújo)

sexta-feira, 15 de agosto de 2014




Fala moçada!!! Tudo bem? Bom, ultimamente eu tive o prazer de trabalhar como "Beta Reader" do livro A Herdeira de Ótavos, primeiro livro da Trilogia Valera, escrito pela já conhecida aqui do blog Mylena Araújo.  

O grande problema que vejo na maioria de publicações baseados em trilogias diz respeito principalmente ao fato de se escolher escrever uma trilogia apenas por desejo do escritor, enaltecendo sua falta de experiência. Porém, ao ler A Herdeira de Ótavos (2 vezes ahahahaha), você nota que a história pede essa configuração, ou até mesmo mais livros, e isso é bastante interessante. Principalmente se você é, como eu fui, um leitor beta que acompanhou e deu ideia na construção de personagens. 

Bom, a base da história é a seguinte: Eena é uma jovem que não conhece seu verdadeiro passado e após o acidente dos pais, ela se vê da noite para o dia ligada a uma profecia poderosa, na qual o príncipe amotinado é a peça principal. Inesperadas revelações mudarão drasticamente seu destino. Uma história repleta de descobertas, ação, perigosos vilões e um mundo mágico.

Toda grande história merece um grande mapa ;)

Tudo começa quando Eena perde repentinamente os pais em um acidente de carro. Mas mal saberia ela o quão importante seria esse acontecimento para ela e para todo o mundo de Valera. Aliás, Valera é uma espécie de mundo paralelo - uma outra dimensão - habitado por seres magníficos como dragões, anjos e outras raças. Inicialmente ele fora governado pelo rei Ótavos, benevolente e honrado, mas que viu seu reino cair em desgraça pelo punho ambicioso de seu próprio filho, Barron. Porém, uma profecia acompanha esse mundo, e que o fará mudar para sempre. 

"No  dia  em  que  a  Lua  Pondus  surgir,  a  eterna 
escuridão  irá  sucumbir  e  finalmente  a  escolhida 
empunhará a espada, derrotando para sempre a alma 
amaldiçoada". 

A Herdeira de Ótavos é um livro imperdível para quem desejar encontrar uma verdadeira obra de ação e aventura, com personagens icônicos e cenários grandiosos. 

Estarei lá!!!


Mais que indicado!!!

Grande abraço e até a próxima!!!! 

[QUEM CONTA UM PONTO...] O IMORTAL (Machado de Assis)

sexta-feira, 6 de junho de 2014


Essa semana, o Loucamente Louca Mente traz um conto do grande 
Machado de Assis, no qual o autor flerta com 
a Ficção Científica.

Olá, amigos! Em nossa sessão de resenhas de hoje trazemos uma curiosidade aos fãs do grande Machado de Assis: sabiam que ele também escreveu ficção científica? Sim, meus caros, ele se aventurou por essas praias e que, diga-se de passagem, me agradou por demais.

"O Imortal" foi originalmente publicado no ano de 1882, encartado na revista A Estação. Dividido em seis partes, foi baseado em outro conto seu, intitulado “Rui de Leão” - e publicado dez anos antes. O conto trabalha com a história de um homem que, após abandonar o convento de frades onde vivia, casou-se com Maracujá, a filha do chefe de uma tribo indígena chamado Pirajuá. Por sua vez, certa noite ele é acordado pelo sogro, que lhe informa que, na manhã seguinte, iria morrer. Mas antes disso, o índio lhe confere um último presente: um elixir cujas propriedades confeririam a vida eterna para quem bebesse. Dessa forma, o homem se tornara imortal ao beber o elixir que, além de curá-lo de uma doença mortal, não permitiria que ele viesse a ser  acometido por qualquer outro mal, mantendo-se sempre jovem e robusto. 

“Já agora a morte era certa, que perderia ele com a experiência? A ciência de 
um século não sabia tudo; outro século vem e passa adiante. Quem sabe, dizia ele 
consigo, se os homens não descobrirão um dia a imortalidade, e se o elixir científico 
não será esta mesma droga selvática?” - pg. 5.

O protagonista então deixa a aldeia com a ideia de “fazer analisar a droga na Europa, ou mesmo em Olinda ou no Recife, ou na Bahia, por algum entendido em cousas de química e farmácia”. Desenrola-se a vida de Leão, que viajava pelo mundo sem envelhecer e vendo morrer seus amores e conhecidos. Foi inclusive condenado à morte, sem sucesso: “uma vez dado o golpe, os tecidos do pescoço ligavam-se outra vez rapidamente, e assim os mesmos ossos”.

A ciência, embora não seja protagonista neste conto, aparece de forma sutil em vários momentos. O imortal é descrito por seu filho – o narrador da história – como um homem muito culto e que “sabia uma infinidade de coisas: filosofia, jurisprudência, teologia, arqueologia, química, física, matemáticas, astronomia, botânica”. Além disso, o final do conto – quando Leão finalmente se livra da imortalidade – é apresentado como uma “prova” da eficácia da homeopatia.

Na minha opinião...
Durante nossas buscas por textos e autores novos, acabamos encontrando verdadeiros achados que acabam nos passando despercebidos por décadas. Na semana passada falamos de um conto de terror de H.G. Wells (esse aqui), e hoje encontramos mais um com essas características. Achar um texto (quase) esquecido desse célebre autor brasileiro e, principalmente, de características da ficção científica me deixou realmente animado. Machado de Assis já era muito bem quisto por mim, e passou a ser ainda mais estimado. 

O Imortal está encartado na coletânea "Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica" (Devir, 2008), mas como esse conto específico é datado do século XIX, ele acabou sendo disponibilizado para o domínio público. Para quem desejar ler esse ótimo texto de Machado de Assis na íntegra, basta clicar aqui para acessá-lo. 

Eu quero... =/

Grande abraço e até a próxima!!!





[TRIBUTO] DRÁCULA DE BRAM STOKER

segunda-feira, 26 de maio de 2014



No último dia 26 de maio de 2014, um dos livros mais
conhecidos do mundo completa 114 anos. "Drácula", 
escrito por Bram Stoker se tornou um marco na 
literatura de terror de todos os tempos. 

A figura do vampiro está na literatura desde o início do século 19 quando John Polidori lançou seu seminal conto "The Vampyre" (ver resenha do conto clicando aqui) em 1817. Após esse conto, muitas foram as imagens que essa figura mitológica passou a ter (como uma planta sugadora de sangue, descrita por H. G. Wells - conto resenhado no blog; para ver, clique aqui), e muitos foram os personagens que passaram por essa história. 

Mas a partir do dia 26 de maio de 1897, a lenda tomou uma forma definitiva quando Abraham "Bram" Stoker nos apresentou a lenda do conde Drácula e sua obceção por Mina Murray, noiva de Jonathan Harker e a figura do dr. Van Helsing, o caçador de vampiros. Quando foi publicado pela primeira vez, o livro não chegou a ser um bestseller imediato, embora as criticas lhe fossem bastante favoráveis. O contemporâneo jornal Daily Mail classificou Stoker superior a Mary Shelley e Edgar Allan Poe, bem como Wuthering Heights de Emily Brontë.

Uma das muitas capas desse clássico.

O romance tornou-se mais significativa para os leitores modernos do que foi para os leitores contemporâneos vitorianos, atingindo o seu grande status lendário clássico apenas no século 20 quando as versões cinematográficas apareceram. 

Embora o personagem Drácula tenha sido levado às telonas por diversas vezes anteriormente, como o de 1931, um dos mais aclamados pela crítica, dirigido por Tod Browning e estrelado por Bela Lugosi, a brilhante adaptação para do livro para o cinema ocorreu em 1992 sob a edição de Francis Ford Coppola, e contou com nomes como Garry Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins e Keanu Reeves

A esquerda Bela Lugosi (1931) e a direita Garry Oldman (1992)

De lá para cá, a figura do vampiro foi sendo recriada e recontada por muitos outros autores, como os escritos por Anne Rice, André Vianco, dentre outros, mas em geral sob as características-chave que fazem parte do personagem criado por Stoker. 

Assim, o Loucamente Louca Mente não poderia deixar passar em branco essa tão importante data para a literatura de terror. Fica aqui nossa pequena homenagem.



[RESENHA] O RESTAURANTE NO FIM DO UNIVERSO (Douglas Adams)

sexta-feira, 23 de maio de 2014


Acompanhe Arthur Dent e seus novos (e loucos) amigos 
Zaphod Beeblebrox, Triliam, Marvin e Ford Prefect 
em sua jornada rumo ao conhecimento 
do Universo...

Olá amigos! Sejam bem-vindos a mais uma resenha no Loucamente Louca Mente! E para hoje, aproveitando que estamos as vésperas do Dia do Orgulho Nerd, falaremos um pouco de uma das mais interessantes sagas da literatura de ficção científica mundial. Hoje a nossa resenha será de “O Restaurante no Fim do Universo”, segundo livro da saga do Guia do Mochileiro das Galáxias, escrita pelo genial Douglas Adams (leia mais sobre o autor clicando aqui). Para quem não soube/leu/viu, resenhamos há algum tempo o primeiro livro da saga (você pode lê-la antes dessa resenha clicando aqui), e hoje seguiremos com Triliam (Tricia Mcmillan), Zaphod, Marvin, Ford e Arthur em mais uma aventura interestelar em busca de completar o Guia do Mochileiro das Galáxias, se livrar dos terríveis Vogons e, ainda, fazer uma refeição bacana. 

Uma guitarra, um boi, uma bola dourada e alguns talheres... uma capa
que nos diz muito... (???)

No livro passado vimos como Ford e Arthur conseguiram fugir da nave vogon logo após a Terra, um computador que buscava encontrar a pergunta para a resposta “42” que era a resposta para todas as perguntas do universo, e ser salvos por Zaphod Beeblebrox, capitão da nave Coração de Ouro. Nesse, logo nas primeiras páginas vemos nossos aventureiros em grandes perigos porque Arthur decide usar o computador da nave para fazer chá, pois a máquina que faz chá da nave sempre lhe serve algo que não está de seu agrado. 

Nesse momento os Vogons começam a atacar a nave Coração de Ouro e ele não tem como se defender. Zaphod resolve chamar seu avô (morto) Zaphod Beeblebrox Quarto, para ajudá-los a sair dessa enrascada. Ele acaba enviando-os ao outro lado do universo, fazendo-os parar no Restaurante no Fim do Universo, um lugar fechado em uma bolha especial que viaja no tempo até o dia em que o universo acaba. Para conseguir lugar no restaurante é preciso reservar mesa com muita antecedência, mas não tem problema, porque você pode simplesmente quando voltar para sua época, reservar a mesa de lá. O mesmo vale para o preço exorbitante das refeições e bebidas, você pode colocar um centavo em uma poupança e quando o Fim dos Tempos chegar, o total de juros acumulados já terá pagado pela refeição.

No Restaurante no Fim do Universo, você almoça ou janta enquanto 
o universo lá fora se desfaz... legal, não?

Depois de uma deliciosa refeição no restaurante sinistro, e uma viagem em uma nave totalmente negra que não lhes guardava um destino muito feliz, os amigos passam poucas e boas (adrenalina, originalidade e loucura o tempo todo) e continuam a busca pela pergunta para a resposta do sentido da vida, e o cara que rege o Universo. Eles ficam prestes a morrer inúmeras vezes nesse livro, e a solução para escapar é sempre a mais louca e brilhante possível, até que uma hora eles acidentalmente se separam, e a história toma um rumo completamente diferente e surpreendente. Alguns pequenos spoilers: nossos amigos voltam a Terra, milhões de anos no passado! E mais, tudo indica que eles extinguiram os dinossauros! 

Um dos grandes baratos do livro e saber um pouco mais sobre Zaphod 
Beeblebrox e sua(s) personalidade(s)

Na minha opinião...
Douglas Adams, a cada página lida, mostra por que é tão cultuado até hoje pelos fãs de literatura. A cada instante você é levado a um ataque de risos por conta das situações pelas quais as personagens são postas a enfrentar, como o fato de quase morrer por uma simples xícara de chá, ou o seu encontro com a banda mais barulhenta das galáxias, a Disaster Area

Nesse segundo livro, as críticas sociais já marcantes no primeiro livro tomam proporções ainda maiores – o próprio restaurante é uma crítica bem evidente a sociedade de mercado. Uma das pouquíssimas falhas no livro (olha a minha petulância rsrs) é a pouca atuação de Marvin, o robô depressivo – e meu personagem favorito – nessa parte da história, mas nada que a estrague. 
"Fiquei meio que de fora desse livro, não que alguém se importe..."

É uma pena que Douglas Adams tenha falecido antes do lançamento do primeiro filme e, com ele, a ideia de continuar a lançar as versões cinematográficas da série. Seria excelente ver algumas cenas do livro nas telonas. 

Um grande abraço a todos e até a próxima!


[QUEM CONTA UM PONTO] A FLORAÇÃO DA ESTRANHA ORQUÍDEA (H. G. Wells)

terça-feira, 20 de maio de 2014


Um nobre inglês se vê em um bom dia para adquirir espécimes
para sua coleção de plantas. Mas ele não sabia que ele
estaria em seu dia de sorte, e que isso poderia
se transformar em seu pior pesadelo...

Olá, caros amigos!!! Sejam bem-vindos a mais uma resenha de contos que, essa semana, traz um verdadeiro achado. Amigos, se eu citar a vocês o nome H. G. Wells, provavelmente lhes virá a mente o seus famosos escritos de ficção científica clássica, como Guerra dos Mundos (1898) ou A Maquina do Tempo (1895). Mas se eu disser a vocês que ele é autor de um conto sobre vampiros? E mais: esse conto é anterior até mesmo do Drácula de Bram Stoker? Pois bem meus caros hoje conhecerão um pouco de “A Floração da Estranha Orquídea”, de 1984!!!

Nascido na cidade inglesa de Bromley, Herbert George Wells se tornou um dos grandes nomes da ficção científica após escrever 10 romances pautados nesse fabuloso estilo. Declarado defensor do socialismo, utilizou-se de muitas metáforas em suas obras para criticar a organização burguesa de sua sociedade contemporânea, a fim de delatar o modo mesquinho como a alta burguesia local vivia. Ao lado de Julio Verne e Hugo Gernsback, Wells é considerado pela crítica como um dos pais da ficção científica.

H. G. Wells e sua versatilidade.

 Lançado no Brasil na antologia de contos “O Vampiro antes de Drácula” (Editora Aleph, 2008), esse e os demais contos fazem parte daqueles que lançaram as bases para o vampiro clássico, e que demonstram toda a diversidade que ele assumiu ao longo do século XIX. A seleção dos doze contos abarca todo o período compreendido entre 1819 (ano de publicação de "O Vampiro" de John Polidori – já resenhado por aqui anteriormente), considerado o ponto de partida da prosa vampírica, até 1897 (publicação do "Drácula" de Bram Stoker). Nos Estados Unidos, o conto foi encartado no livro “The Complete Short Stories of H. G. Weels”, de 1923.

Capa de "O Vampiro antes de Drácula" (2008) e "The Complete Short Stories of H. G. Wells

Em “A Floração da Estranha Orquídea”, Wells conta o curioso caso de um comprador de plantas. Em uma de suas compras, ele adquire alguns exemplares de orquídeas, sendo que uma delas é extremamente estranha, mesmo antes de florescer. E, após o seu florescimento, ele encontra seu primo, em uma tarde, sendo atacado por essa estranha criatura que, por meio de ventosas ligadas a tentáculos em seu caule, sugava - lhe o sangue. Eles conseguem salvar-lhe a vida, enquanto a estranha planta negra continuava a espera de sua próxima vítima.

O conto é bastante interessante, principalmente quando pensamos no período no qual ele fora escrito e que a figura e a mitologia do vampiro ainda estavam em construção. É uma ótima leitura e pode ser encontrado no site Feedbooks (seu download é permitido por seus direitos autorais terem caído em domínio público).

E então senhores, curtiram a premissa desse exótico conto? Continuem acompanhando o nosso blog para saber mais sobre as melhores obras de ficção científica e terror! Ah, e não deixem de comentar e compartilhar esse post em suas redes sociais!

Até mais!










[QUEM CONTA UM PONTO...] O CÉU DE LILLY (Fábio M. Barreto)

terça-feira, 13 de maio de 2014

Em sua primeira experiência em publicações no Amazon, 
Fábio M. Barreto revisita conceitos aplicados em alguns
dos maiores clássicos da ficção científica.

Saudações, amigos! Essa semana eu adquiri o sensacional conto "O Céu de Lilly", escrito por ninguém menos que Fábio M. Barreto (Filhos do Fim do Mundo), um dos mais atuantes escritores de Ficção Científica no Brasil. Diferente de seu primeiro romance, Barreto traz ao leitor a nostálgica sensação de reconhecer em suas palavras alguns dos fatores que fizeram grandes dentre o gênero nomes como H.P. Lovecraft e H. G. Wells, mas sem abandonar sua própria identidade narrativa marcada em Filhos do Fim do Mundo. 

"O Céu de Lilly" narra não apenas a trajetória da jovem Lilly, mas sim a de toda a raça humana e sua derrocada frente algo misterioso que os proibia de olhar para o céu. Um inimigo desconhecido, incerto e que, em alguns momentos te faz questionar sua real existência; as supostas vítimas apenas desaparecem, e o único sinal que faz com que se saibam de sua existência são alguns sons agudos. Na maioria das páginas, o leitor se mantém em profunda apreensão, sem saber quando esses inimigos atacariam, ou de que forma, e isso nos remete ao clima lovecraftiano e seu terror psicológico. 

E as estrelas não puderam mais ser admiradas... 

Após algumas páginas, o leitor é enfim levado a descobrir como tudo realmente ocorre, trazendo agora um pouco da clássica ficção científica do final do século 19, principalmente em sua parte final que, embora não relatado, acaba por mostrar uma solução para uma possível virada de situação, tão casual quanto o ocorrido no clássico "Guerra dos Mundos" de H. G. Wells. 

Por fim, "O Céu de Lilly" é uma história rápida, bastante acessível e divertida, que vale cada centavo gasto. 

Para todos os que desejem adquirir esse conto, segue o link do Amazon: Link

Grande abraço a todos, e não esqueçam de compartilhar/comentar!!!

[QUEM CONTA UM PONTO... + DEMAIS DEVANEIOS] O PRESENTE (Bianca Carvalho)

terça-feira, 8 de abril de 2014


O Presente é mais uma grande obra da escritora Bianca Carvalho, e promete
fazer você prender o fôlego até suas últimas páginas.

Olá amigos!!! Após algum período sem postagens por problemas técnicos, venho nessa chuvosa terça-feira de abril para trazer-lhes mais um conto! Hoje eu resolvi deixar um pouco de lado o terror dos últimos contos apresentados (bom, na verdade nem tanto) e trago uma ótima história criada pela autora Bianca Carvalho (curta a fanpage da autora!!!), autora da Trilogia das Cartas (atualmente já foram lançados os dois primeiros volumes: Jardins da Escuridão e Versos Sombrios publicados pela Editora Era Eclipse), além de Quando Choram os Anjos e do excelente Horas Noturnas, e que em breve será resenhado.

Antes de iniciar a resenha de hoje, gostaria de destacar algo que já há algum tempo vem crescendo e que ainda não havia sido citado aqui: o crescimento quantitativo e, principalmente, qualitativo das obras nacionais de literatura. Os nomes são tantos, sejam eles os mais conhecidos como Affonso Solano, Raphael Draccon, Carolina Munhóz, Fabio Barreto à gratificantes “novidades” como a própria Bianca Carvalho, Matheus Lins, Mylena Araújo, Kamille Girão, Pablo Vargas, Jackson Braga, Kelly Cortez... isso me deixa bastante animado principalmente pelo fato de, assim como eles um dia me foram desconhecidos, outros tantos ainda me serem anônimos, escrevendo excelentes à espera de serem “descobertos”.  E assim como o são para mim, podem ser para tantos outros leitores.

Muito bem, dito isso, vamos falar do nosso conto escolhido para hoje. O Presente (clique aqui para adquirí-lo!!!) se passa em algum momento da cronologia da Trilogia das Cartas. Nessa trilogia, a autora nos apresenta as DeWitt: Lolla, uma idosa iluminada pela clarividência; Tatianna, a cozinheira da família; a florista Faith, que vislumbra premonições através da interpretação de flores que vê, e Cailey, que consegue se comunicar telepaticamente através das poesias que escreve. Nas obras principais da trilogia, Cailey acaba entrando em contato com um serial killer, o Poeta Sombrio, que a assombra e a coloca em situações de extremo perigo, até que ela é salva por Jacey, seu namorado. Nessa história, estranhos sinais levam a crer que Cailey voltará a ser atormentada por seu perseguidor. Alguém tentara entrar em contato com ela telepaticamente, logo na época de Natal, onde todos estariam reunidos para comemorar a época. Será essa a volta do temível vilão? E esse novo contato telepático, com quem terá sido?

Seria esse mais um ataque do Poeta Sombrio?


Na minha opinião...
Conheci a autora ao ler Horas Noturnas cujas influências notórias de Sir Arthur Conan Doyle me encantaram de imediato. Nesse conto (e por sua vez na Trilogia das Cartas), somos surpreendidos pela versatilidade de sua escrita, já que a ambientação é bastante diferente.

O Presente é bastante simples e, embora eu não tivesse lido nada sobre a Trilogia das Cartas, ele é plenamente compreensível ao ser lido em separado. No meu caso, serviu como uma introdução ao universo criado pela autora. É um texto curto e divertido, que te prende até as páginas finais. Recomendo!


Grande abraço e até a próxima!



[RESENHA] EU, ROBÔ (Isaac Asimov)

sexta-feira, 21 de março de 2014


Essa semana o Loucamente Louca Mente comenta um pouco sobra a 
mais conhecida obra de Isaac Asimov: Eu, Robô.

Olá amigos!!!! Bem-vindos a mais uma [RESENHA] do nosso querido Loucamente Louca Mente! E hoje nós nos redimiremos de um pequeno detalhe: o de demorar tanto para resenhar essa obra fenomenal de ficção científica, mas cá está a nossa impressão de Eu, Robô

Eu, Robô foi lançado em 1950 por Isaac Asimov e veio para trazer um contraponto ao que até então era plantado por obras como Frankstein (Mary Shelley). O conflito “criador x criatura” que permeava as obras daquela época acabava não existindo em um ambiente pintado por Asimov onde esses entes acabavam vivendo em harmonia.

"Sim, vamos viver em paz..." - T-800 sobre o parágrafo acima...

Asimov se tornou importante para a ficção ao criar as Três Leis Básicas da Robótica que passaram a servir de diretrizes para todas as histórias que passaram a utilizar robôs em seus enredos. Ainda, o autor russo foi o “messias” da internet, relatando que, em um futuro próximo, as pessoas estariam ligado por uma rede de transmissão de informação em tempo real.

As três leis da robótica

Em Eu, Robô, Asimov apresenta ao leitor um compilado de nove histórias narradas pela Dra. Susan Calvin, uma psicóloga de robôs cuja especialidade é entender o funcionamento da programação dos seus cérebros positrônicos.

As histórias nos levam por todo o desenvolvimento da ideia da utilização de robôs pela sociedade nos mais diversos pontos de tempo, desde quando eles eram meras criações para trabalhos simples como o papel de Robbie no primeiro conto até grandes e desenvolvidas máquinas de exploração espacial ou que se tornem verdadeiros “anjos-da-guarda” dos seres humanos como em O Conflito Evitável; de robôs com personalidades quase nulas aos que chegaram a desenvolver algo parecido com a consciência humana, como o visto em Razão.

 Em todas as histórias relatadas, apenas uma personagem se repete: a da Dra. Susan Calvin. Sua presença é tão importante na história da robótica que ela tem uma participação importante em todas as histórias. Ela é o fio condutor e presenciou avanços impensáveis no desenvolvimento de robôs.

Ops, obra de ficção errada =P

Na minha opinião...
Embora o assunto pareça complicados para aqueles que não compreendem muito de robótica ou tecnologia, a leitura do livro passa longe de ser complicada. Muito pelo contrário, ela é bastante agradável e divertida, sendo ainda recheada de pontos filosóficos que nos levam a questionamentos sobre nossa própria existência. Eu, Robô foi uma das primeiras obras de ficção científica que li na vida. É uma obra realmente muito bem feita, e sob premissas que nos fazem refletir sobre a forma como levamos as nossas vidas e como nos relacionamos com nossos semelhantes e, principalmente, com aqueles que julgamos “diferentes”. 

Portando, vejo essa obra como um legado deixado pelo professor Asimov a toda uma sociedade futura sobre como pensávamos que eles seriam e como nós provavelmente nos relacionaríamos com os robôs que, provavelmente eles convivem.

Haverá um futuro em que teremos robôs como empregados infalíveis.


E vocês, já leram Eu, Robô? O que acharam? Deixem seus comentários!

Grande abraço!




[TRIBUTO] AS MUITAS REALIDADES DE WILLIAM GIBSON

quinta-feira, 20 de março de 2014


No último dia 17 de março William Gibson comemorou 
seu 66o. aniversário. E é com orgulho que o LLM
apresenta aos nossos leitores um pouco da vida desse
grande escritor.  

Saudações, amigos!!! Hoje é dia de [TRIBUTO] e, dessa vez, revisitaremos um pouco da vida de um dos meus autores favoritos de Ficção Científica. Autor de muitas obras importantes para o estilo (dentre elas Neuromancer, já resenhado aqui no blog), William Gibson é um dos mais atuantes e versáteis autores de ficção, narrando desde histórias tendo a cultura “cyberpunk” como temática à cultura “steampunk” da era vitoriana.

Nascido em 17 de março de 1948, o autor americano despertou seu interesse por ficção científica casualmente; seus pais mudavam muito de residência, e isso acabou fazendo dele um jovem tímido e introvertido, tendo nos livros um escape para a falta de relacionamento com outras pessoas.

Às vésperas do inicio da guerra do Vietnã Gibson, para fugir do alistamento, decidiu emigrar para o Canadá, onde passou a ser influenciado pela contracultura – movimento que utilizava os meios de comunicação para contestar a cultura da época -, e que acabou lhe sendo base inspiradora para seus primeiros contos. Sob a influência de autores como Alfred Bester, Thomas Pynchon e Jose Luis Borges, Gibson iniciou sua carreira escrevendo contos para revistas de ficção científica, sempre retratando um mundo alterado pela influência dos computadores e de grandes corporações geradoras de pobreza em ambientes futuristas.

Cara de quem ia ser escritor de ficção desde cedo, não?

Eram constantes desse cenário o contraste entre a fragilidade da vida – em geral imersa em vícios por narcóticos e outros desregramentos – e a alta tecnologia na qual ela acabava se envolvendo em um processo simbiótico. E, sob essa premissa, Gibson escreveu seu primeiro e mais famoso livro: Neuromancer (1984) - resenhamos esse livro, clique aqui e a leia!!! - , tido como um grande sucesso pela crítica e vencedor de diversos prêmios. Essa obra se utilizou das ideias de Burning Chronicle, um de seus primeiros contos e que lançou as ideias seminais do que viria a se tornar a Trilogia do Sprawl junto de seus sucessores Count Zero (1986) e Mona Lisa Overdrive (1988). A dimensão dessa obra para a ficção científica é imensa: basta dizer que ela influenciou fortemente os irmãos Wachowski na elaboração de Matrix.

Capa de Neuromancer, seu romance mais conhecido. 

Mostrando versatilidade, Gibson escreveu ainda A Máquina Diferencial (1990) em parceria com Bruce Sterling, sob a temática steampunk – baseado na Era Vitoriana, ou a Era do Vapor. Nessa obra, Gibson e Sterling narram a mudança da sociedade após a invenção de um computador pelo matemático Charles Babbage. Em seus três últimos livros sendo o mais recente Zero History (2010), Gibson já trabalha com um mundo contemporâneo. Tais escritos inclusive o colocaram pela primeira vez nas listas mainstream dos mais vendidos.

Cidades mistas entre pobreza e alta tecnologia permeiam
as histórias de Gibson.

Embora a crítica cite como a grande tríade da ficção Isaac Asimov (Eu, Robô), Arthur C. Clarke (2001) e Robert A. Heinlein (O Dia depois do Amanhã), esse que vos escreve já a vê composta por, além de Asimov, Frank Hebert (Duna) e William Gibson. Mas ai já é polêmica para outra postagem...


Grande abraço e até a próxima!!!

[QUEM CONTA UM PONTO...] UM ESTUDO EM ESMERALDA (Neil Gaiman)

terça-feira, 18 de março de 2014


Dentre os excelentes contos apresentados no primeiro volume de 
"Coisas Frágeis", um dele certamente se destaca como um dos
mais inventivos e dinâmicos contos até hoje já escritos por Neil Gaiman.
E é sobre esse conto que o Loucamente Louca Mente conversará
em mais um [QUEM CONTA UM PONTO...] 

Olá, amigos!!!! Já imaginaram ler um texto com o lado investigativo de Sherlock Holmes, o pavor sobrenatural causada pela atmosfera lovecraftiana e a astúcia literária da narrativa de Neil Gaiman? Pois bem, meus caros, isso existe! E é essa magnífica amálgama de aspectos literários que retrataremos em na coluna de hoje!

Um Estudo em Esmeralda é o primeiro conto do livro “Coisas Frágeis - Parte 1”, de Neil Gaiman. Esse livro é composto apenas por contos, e foi lançado no Brasil pela Editora Conrad em 2008, e é composto por nove contos distintos entre si. Ainda, a editora lançou também, posteriormente, um segundo compilado de contos do autor inglês, intitulando-o “Coisas Frágeis – Parte 2”, que também fez um grande sucesso. Originalmente, "Um Estudo em Esmeralda" foi encartado na antologia Shadows Over Baker Street (2003), uma antologia de contos que tinham como objetivo revisitar a obra de Arthur Conan Doyle e H. P. Lovecraft

Coisas Frágeis (2006)

Nesse conto, acontece o assassinato do príncipe da Boêmia, Franz Drago, sobrinho dileto da Rainha Vitória, na Londres do século 19, caso esse cercado por misteriosas circunstâncias. Essa Inglaterra que Gaiman descreve não é exatamente aquela que conhecemos, mas sim uma que lembra mais a de “Lugar Nenhum”, cheia da fantasia tão característica em seus escritos. Esse lugar fica num mundo paralelo onde monstros invadiram nosso planeta, vindos de regiões de pesadelo, do espaço profundo, e agora dominam os cinco continentes. E nesse ambiente tão hostil, conseguir encontrar valores verdadeiros nas pessoas, como o heroísmo, a confiança e principalmente a lealdade se tornam prêmios bastante valiosos para os personagens. 

Capa alternativa do conto.

Na minha opinião...
Inundado por diversas referências a outros autores, o conto é um imenso deleite, sobretudo para quem é fã de Sherlock Holmes. A ideia da participação do desconhecido apavorante remetido às obras de H. P. Lovecraft também são bastante presentes no conto, tornando-o ainda mais rico. A leitura é realmente muito prazerosa, e acredito que Sir Arthur Conan Doyle e H. P. Lovecraft foram muito bem representados. Tão bom foi esse conto que o mesmo sagrou-se vencedor do Prêmio Hugo de 2004 na categoria de “Melhor Conto”.

E vocês, já leram esse conto? Que outros, dos autores aqui citados ou não, vocês gostam? Deixem nos comentários!!!!

Grande abraço!!!



[TRIBUTO] CRÔNICAS COTIDIANAS SOBRE UM VELHO SAFADO.

quinta-feira, 13 de março de 2014


"No período em que o Loucamente Louca Mente completa um ano sendo que, 
sua primeira resenha postada foi a de "Pulp" e que se completam 20 anos de 
seu falecimento, nada mais justo do que fazer uma homenagem ao 
grande e incomparável "Velho Safado".


Olá, caros amigos leitores do blog!!!! Antes de mais nada, sejam bem vindos ao novo Loucamente Louca Mente, agora com um visual mais moderno e elaborado. Tudo feito para que possamos levar a vocês não apenas um bom conteúdo, mas também com um bom visual.

E hoje retomaremos uma coluna que estava há um tempinho parada. Hoje é dia de [TRIBUTO], no qual tenho a honra de falar um pouco da vida de um dos meus autores favoritos e que fora o autor da primeira postagem feita no blog. Charles Bukowski, mais conhecido como “o velho safado” pelos seus leitores escreveu apenas seis romances, mas esse número foi o suficiente para marca-lo dentre os grandes escritores mundiais do século XX.

Nascido na Alemanha, Heinrich Karl Bukowski era filho de um soldado americano e mudou-se ainda criança para os Estados Unidos com seus pais. Lá, por conta das problemáticas referentes a 2º Guerra Mundial, teve seu nome de batismo mudado para Henry Charles Bukowski Jr.. Foram primeiro para Baltimore em 1923, mas depois disso se mudaram para o subúrbio de Los Angeles, cidade onde o escritor passou a vida.

Bukowski foi uma criança atormentada por um pai extremamente autoritário e frustrado, que descontava os seus problemas o espancando pelos motivos mais fúteis. Quando atingiu a adolescência, somou-se a este problema o fato de ter o rosto e toda a parte superior do corpo literalmente tomada por inflamações que o obrigaram a submeter-se a tratamentos médicos no hospital público de sua cidade.

"O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, 
e as pessoas idiotas estão cheias de certezas..."

A vida severa de Bukowski o fez abandonar a escola por um período. Neste intervalo de  tempo, descobriu duas coisas que o ajudaram a tornar a sua vida suportável: o álcool e os livros. Teve problemas com alcoolismo e trabalhou em empregos temporários em várias cidades americanas como carteiro, frentista e motorista de caminhão.

Embora tenha estudado jornalismo sem nunca se formar, Bukowski começou a escrever poesias aos 15 anos, mas seu primeiro livro somente foi publicado 20 anos depois em 1955. Em 1962 estreou na prosa caracterizada pela descrição de sua vida pessoal. Escreveu, entre outros livros, "Mulheres", "Factótum" e "Cartas na Rua".

Capa dos três primeiros romances de Bukowski, lançados pela editora L&PM

Teve Ernest Hemingway e Fiódor Dostoiévski como principais influências. Com o escritor russo, Bukowski aprendeu mais sobre os sentimentos para com seu pai -  (na realidade um alcoólatra violento), e ele permeou toda a obra do velho "Buk". Essa capacidade de transformar o dia-a-dia em poesia, de pegar as bebedeiras triviais, as angústias adolescentes e transformá-las em arte é a mágica de Bukowski.

Sentimentos como repulsa, nojo, ódio, amor, paixão e melancolia inspiraram os textos de Charles Bukowski, que passou a vida nos becos dos Estados Unidos, na composição de toda sua obra. Cada poesia, cada romance e cada conto do escritor trazem um pouco da vida do "Velho Safado", como ficou conhecido no mundo inteiro. Parte desse pandemônio espiritual pode ser lido em um de seus romances mais conhecidos, o autobiográfico “Factótum”, da década de 70.
Mais uma caricatura do "Velho Safado"

Bukowski morreu de leucemia aos 73 anos, em 9 de Março de 1994, pouco depois de terminar o seu último romance – “Pulp”, onde narra a vida de Nick Belane, um detetive fanfarrão de Los Angeles o qual se auto intitula “o maior detetive de Los Angeles”.

"Don't try" (Não tente).

E você, já leu algum livro dele? Tem algum autor que gostaria que pintasse aqui no blog? Mande sua opinião!!!


Grande abraço e até mais!!!

[QUEM CONTA UM PONTO...] A MÃO DO MACACO (W. W. Jacobs)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014


W. W. Jacobs passou a maioria da vida escrevendo 
comédias. Mas seria com um conto de terror que
seu nome ficaria gravado na história 
para sempre...

Olá amigos!!! Hoje é terça -feira, dia de resenha de conto!!! E hoje eu trago um dos contos mais sinistros que já li até hoje: A Mão do Macaco, de W. W. Jacobs.

William Wymark Jacobs, ou melhor, W. W. Jacobs, foi um escritor inglês nascido na Londres de 1863, que se dedicou especialmente a contos e novelas humorísticas. Atualmente, porém, é muito mais lembrado por narrativas curtas, que já se tornaram clássicos da literatura do medo, como “The Interruption”, “The Toll House”, “The Brown Man’s Servant” e, sobretudo, “The Monkey´s Paw”, um dos contos mais famosos do gênero, tendo inclusive recebido inúmeras adaptações para o teatro, a TV e o cinema – a mais recente em 2003, pela Tribalfilm Entertainment, recebeu vários prêmios internacionais. Jacobs veio a falecer em 1943, em Londres e as razões de sua morte são desconhecidas.

Cuidado com o que você deseja...

Em A Mão do Macaco, Jacobs faz um joguete com os desejos humanos, geralmente escolhidos sem medição de consequências. Na historia, uma família recebe um misterioso amuleto - a pata de um macaco - que, supostamente, realizaria três desejos. Em uma determinada ocasião, a família se vê necessitada de dinheiro e resolve testar o tal amuleto, pedindo-lhe 200 libras. Sinistramente a pata se move como se compreendesse o pedido e, no dia seguinte, um oficial do exército vai até a casa deles levando-lhes a notícia da morte do filho deles que havia ido para a guerra. Em compensação, o exército lhes daria a quantia de... 200 libras. A família então cai em uma profunda depressão, até que a esposa decide pedir à pata do macaco que seu filho volte para casa. Novamente a mão se move, mas nada ocorre de imediato nem nos dias seguintes. 

Até que numa noite fria, um fino nevoeiro paira pelas redondezas. E, de dentro da casa, é possível escutar algo se arrastando do lado de fora, como se buscasse adentrar a residência. Assustados, o casal apenas ouve aqueles passos tropegos e arrastados indo em direção a sua porta e se dão conta de que este era seu filho falecido. Mas em que circunstâncias estaria o corpo desse garoto? E se ele tivesse se transformado em um monstro morto-vivo? Em meio à angústia de se deparar com o filho desfigurado e aos passos que cada vez mais se aproximavam da soleira da porta, o marido então decide, em um último momento antes da abertura da porta, pedir à pata para que aquilo sumir dali e ir para onde estava. A pata então, novamente se movimenta e se desintegra em seguida, levando embora consigo os sons que vinham do lado de fora. Ainda em meio ao pavor, o marido decide olhar o lado de fora da casa, para nada de anormal encontrar ali... 

E no final das contas, resta-nos apenas o frio e o silêncio...


Escrito em 1902, A Mão do Macaco é até hoje um dos contos mais assustadores até então escritos. É impossível não notar as influências de Edgar Allan Poe principalmente na poética empregada na escrita ou de H. P. Lovecraft no "pavor desconhecido" que permeia sua obra. 

E vocês, já conheciam esse conto? Tem algum conto para me indicar que se assemelhe (ou não) a esse? Deixe-nos um comentário!

Grande abraço e até a próxima!!! 

[RESENHA] FILHOS DO FIM DO MUNDO (Fabio M. Barreto)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Lançado por umas das editoras que mais apostaram em 
novos editores - a Fantasy - Casa da Palavra -,
Filhos do Fim do Mundo traz uma trama
envolvente em uma distopia 
de tirar o fôlego. 

Olá, amigos!!! Responda rápido: o que você faria se o mundo entrasse em um caos e você não tivesse certeza do que está acontecendo, quando acabará e, em meio a essa onda de pânico você não tivesse acesso a nenhum meio de comunicação possível? E se isso ocorresse assim, de repente, de uma hora para outra?

O que você faria?

Pois bem, é por isso que passam os personagens de Filhos do Fim do Mundo, escrito por Fabio M. Barreto, em 2013 e publicado pela excelente editora Fantasy – Casa da Palavra. E já adianto a vocês: para mim esse foi o melhor livro publicado no Brasil em 2013.

Fabio Barreto é um jornalista e cineasta paulista fã de ficção científica. Foi responsável direto pela criação da JediCon (maior evento brasileiro voltado ao universo de Star Wars), além de ser membro de um dos mais conhecidos e influentes podcasts voltado à cultura nerd da atualidade – o RapaduraCast. Além disso, Fabio é um escritor engajado com  a divulgação da literatura no nosso país, tanto é que recebeu ainda em 2013 o Prêmio Maria Helena Bandeira de Incentivo à Leitura de Ficção Científica em Salas de Aula, concedido pelo Clube dos Leitores de Ficção Científica do Brasil.

Fabio M. Barreto, o pai da criança

Em sua obra de estreia, Barreto nos coloca em meio a um verdadeiro caos repentino. Em uma determinada noite de 22 de dezembro, todas as crianças nascidas a menos de um ano morreram. Simplesmente. Com medo de alastrar o caos e o medo pela população, o governo então decide fechar todas as redes de comunicação, o que acaba gerando ainda mais terror e espalhando o pânico por entre a civilização. Logo, grupos extremistas tomados por esse medo acabam desencadeando atos de selvageria gratuita em busca de alguma salvação. 

Com o passar do tempo, o povo passou a acreditar que tudo não passava de alguma ação desenfreada do governo, e que eles possuíam a cura para àquele mal, gerando ainda mais baderna e dando voz e vez a blogueiros e outras entidades reacionárias. Ou seja, apenas mais confusão em meio ao pandemônio instaurado.

E no meio desse cenário distópico estava um repórter. Na verdade, o Repórter, dado que no livro – narrado em 3º pessoa – os personagens eram conhecidos por alguma característica, como o Repórter, o Padre, o Médico, a Senhora... e esse repórter se vê em um drama ainda mais pesaroso dado que a Esposa esperava seu primeiro Filho, o que tornara a luta pelo descobrimento da causa daquilo tudo – e principalmente de sua cura – ainda mais pessoal. Com a ajuda do Padre, ele se coloca entre o que é certo e o que é necessário, entre o moral e o natural, para que uma nova esperança possa banhar novamente aquela tão sofrida terra.

O caos e o medo geram a destruição. No livro não é diferente.


Na minha opinião...

Eu sou um fã assumido de ficção científica. Cresci assistindo filmes como Star Wars, Duna, dentre outros. E ter a oportunidade de ler um livro nacional de tamanha qualidade me deixou ainda mais contente por poder escrever sobre livros nesse nosso querido blog.  A primeira vez que ouvi falar desse livro foi pela coluna do meu amigo Sérgio Magalhães, o Baião de Letras (clique aqui paraser redirecionado para a matéria); descobri inclusive que pouco tempo antes o próprio Fabio Barreto tinha vindo a Fortaleza (onde moro), mas as épocas eram diferentes e acabei perdendo a oportunidade. 

Por conta da experiência de Barreto como cineasta, é impossível você não visualizar as cenas e definir suas tomadas de câmera. A própria dinâmica da história fez com que as minhas habituais 50 páginas diárias – média de leitura que levo comigo para manter o ritmo – fez com que estas se passassem em um tempo de uma hora mais ou menos. E se você acha que isso pode prejudicar a ambientação, nem se preocupe: Barreto foi meticuloso o suficiente para controlar com ímpar maestria a narrativa ao ponto de não deixar pontos descobertos. E o final... que final!!!

Como de praxe, a publicação da Fantasy merece novamente destaque. O esmero com o que eles publicaram a obra é realmente entusiasmante. A qualidade do papel, a diagramação, a capa... tudo com a já conhecida qualidade de suas obras (aqui já comentamos “O Espadachim de Carvão” e “Wayne de Gotham”, onde enaltecemos o excelente acabamento das obras.

Então, mestre Fabio Barreto, eu e o Loucamente Louca Mente espera ansiosamente pelo seu próximo livro. E que não demore tanto, por favor.

Abraço a todos e até a próxima!




[QUEM CONTA UM PONTO...] O CHAMADO DE CTHULHU (H. P. Lovecraft)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cthulhu, a mais carismática cria da perturbada mente
de H. P. Lovecraft, apareceu pela primeira vez há 84 anos.
Até hoje ele é um dos mais cultuados personagens da
literatura mundial.

Caros amigos!!!! Nas últimas semanas estivemos um pouco atarefados com algumas divulgações de sorteios e de alguns lançamentos, mas estamos voltando aos eixos. E hoje, nossa coluna de contos traz um pouco do que se tornou um dos mais conhecidos mitos fantásticos de todos os tempos, escrito pelo incomparável H. P. Lovecraft (falamos dele aqui nesse post!!!). “O Chamado de Cthulhu” é bem mais que uma curta história: é o marco da criação de um mito que ficou eternizado não apenas nas poucas páginas do conto, mas sim em diversas outras mídias como o cinema, música e artes plásticas.

“O Chamado de Cthulhu” (do original Call of Cthulhu) foi escrito em 1926 mas foi publicado apenas em fevereiro de 1928 na revista americana Weird Tales, revista conhecida por publicar contos de terror e fantasia. Para a mesma revista, Lovecraft havia escrito “Dagon”, 5 anos antes, e fora considerado um conto de grande sucesso. Porém, após OCdC e o Cthulhu Mytos, o autor seria marcado de vez como a grande influência de todo um gênero literário.

Capa da Weird Tales de fev/1928

Em OCdC, o personagem principal é o narrador (característica básica dos escritos do autor, assim como o fato do nome desse narrador também não ser dito) de uma incrível jornada por meio de relatos que dão conta do envolvimento de inúmeras pessoas com o que seria um antigo deus cósmico que se encontrava dormindo em sua cidade, a longínqua e desconhecida R’ylieh.

Tudo se inicia quando morre o tio-avô do personagem principal, sendo ele o único herdeiro do falecido. Examinando as posses do tio, ele acaba encontrando uma estranha escultura que, mais tarde, ele descobrira estar ligado a um antigo culto: o Culto de Cthulhu. Curioso, ele envereda em suas buscas tendo por base relatos de um diário que havia sido escrito por seu falecido tio-avô.  Segundo esses escritos, inúmeras pessoas passavam a vislumbrar sonhos estranhos sobre essa criatura – Cthulhu.

Estatueta de Cthulhu, o deus morto que espera sonhando em sua
cidade o dia de reclamar o cosmo que lhe é de direito.

A pesquisa do personagem narrador passa ainda por relatos de cultos feitos por escravos negros a um ídolo de figuração estranha, os quais acreditavam que ele traria a morte para aqueles que o vissem, até relatos de sobreviventes que diziam ter encontrado a própria cidade dele. Obviamente, nada conclusivo.

Representação de Cthulhu a um navio que ousou chegar ao que seria 
R'ylieh

O carisma criado por Lovecraft com este conto é, sem dúvida, incontestável, e a grandeza descrita de Cthulhu com certeza foram os responsáveis por tornar esse ser o mais querido e homenageado dos Grandes Antigos criador por Lovecraft. Vale ressaltar que este é o único conto que Cthulhu aparece de forma direta, apesar de ser mencionado em diversos outros, além de ser conto de fundamental importância para saber o que acontecerá quando os Antigos acordarem!


Um grande abraço a todos e até a próxima!!!

 
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