Resenha - Pulp (Charles Bukowski)

segunda-feira, 4 de março de 2013





O último suspiro do "velho safado"


Charles Bukowski não é para todo mundo. Não são todos que leem suas obras e tê estômago suficiente para aguentá-las até o fim, dada a visceralidade apresentadas nelas. Pulp, o último ato do “velho safado”, apelido pelo qual o "velho Buk" será sempre conhecido, não é diferente. Nem de longe.


A trama se passa em Loas Angeles, 1991, cidade das estrelas de Hollywood, da intensidade californiana e de Nick Belane, o “melhor detetive da cidade” segundo auto denominação. Belane, na verdade, nada mais é que um detetive de terceira categoria solitário, beberrão  encrenqueiro e de muitos maus modos. Levava a vida entre matar moscas, os goles de vodka e as apostas nas corridas de cavalos quando sua sorte resolveu mudar. Uma belíssima senhora lhe bate a porta e contrata seus serviços de “6 dólares por hora” para descobrir se Louis-Ferdnand Céline, famoso escritor francês morto na década de 1960, ainda estava vivo.

Ainda por cima, Belane é contratado para provar o adultério cometido pela esposa de um rico empresário e dar cabo da presença de uma alienígena… e ainda deve encontrar o misterioso Pardal Vermelho… tudo parece um emaranhado de fatos desconexos mas que, juntos, acabam como na junção perfeita dos instrumentos na execução de um jazz. 

Com passagens que vão do cômico ao mais profundo drama, Bukowski consegue entreter o leitor até a última página, até seu último suspiro. 

 
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